O ano iniciou-se em
Canindé de maneira atípica. Nova administração, novas ações e novas reclamações.
Devido às várias denúncias realizadas pelo sindicalismo e mídia locais da
existência de um grande número de funcionários fantasmas, o poder executivo
determinou o recadastramento de todo o funcionalismo público. Aliás, não só o
quadro de funcionários, mas de todo e qualquer beneficiário do erário municipal
foi obrigado a se apresentar para o alistamento
Se bem intencionado, o recadastramento é justo e
legítimo. Assim as denúncias fantasmagóricas poderão ser, enfim, elucidadas.
Contudo, o modo pelo qual se faz tal recadastramento é duvidoso e ineficiente. Denúncias
dessa ineficiência rondam as redes sociais. Enquanto isso, na Sala de Justiça,
sindicalistas e radialistas e jornalistas permanecem calados. Aqueles mesmos
que vestiram a função de caça-fantasmas.
Funcionários reclamam inaudíveis do número pequeno de
atendentes realizando o cadastramento; da incoerência quanto ao comprovante de residência
solicitado (só faturas da Energisa? Pode isso Arnaldo?); da necessidade de reapresentar-se
nas secretarias de origem... enfim, do tumulto desnecessariamente causado.
Enfim, vivemos em época de revolução digital. A
democratização do acesso à internet
está acontecendo no nosso município. A
prefeitura dispõe de um site. Seria razoável concluir que a digitalização da
dinâmica de recadastramento seria o mínimo a se fazer. Assim, seriam evitados
os constantes constrangimentos dos quais se fala. Não aquele criminalizado pela
Lei, mas o repudiado pela dignidade.